quinta-feira, 30 de agosto de 2012

POESIA SOLTA NA RUA



Projeto “Poesia Solta na Rua”  no Reino Unido – 09/agosto a 27/setembro
Trata-se do retorno do projeto cultural criado em 1999, que pretende aproximar poetas e músicos que atuam no Amazonas, da comunidade onde está localizada a Escola. Todas as quintas até dia 27 de setembro.

Programação:
 9/8 – Magdaluce Ribeiro, Nelson Castro, Zemaria Pinto
16/8 – Almir Diniz, Candinho, Gracinete Felinto
23/8 – Celdo Braga e Renato F. de Carvalho.
0/8 -  Aldisio Filgueiras, Cláudio Fonseca, Michele Pacheco e Rayder Coelho.
6/9 – Edvan Rafael, Everaldo Nascimento, Formas & Poemas e Gadi.
13/9 – Mauricio Matos, Polliana Furtado e Thiago De Mello
20/9 – Celestino Neto, Miguel de Souza e Simão Pessoa.
27/9 – Dori Carvalho, Elson Farias,Tainá Vieira e Tenório Telles.

Fonte: Projeto UAKTI

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O tema da Escola de Samba Reino Unido da Liberdade em 2013 será O Livro –porque no Morro o Samba é Lê-ler.
A referência no título é a um projeto da comunidade, que leva livros para as escolas: o Samba Lê-ler. Mas a abrangência do desfile será bastante ampla: desde as origens do livro até os formatos digitais, focando, entretanto, não no livro como objeto, mas como instrumento de transmissão do conhecimento.
Como parte do projeto de conscientização da comunidade, bem como para aproximar da Escola os escritores de Manaus, será realizado, de 09/agosto a 27/setembro, sempre às quintas-feiras, de 20h30 às 22h00, na quadra da Escola, o evento Poesia Solta na Rua, que teve edições memoráveis – em 1999 e em 2001.
O formato do evento é o seguinte:
- três a quatro poetas por noite;
- 15 a 30 minutos de apresentação para cada um (os mais experientes, com livros lançados, terão mais tempo; os mais jovens, menos), de sorte a ocupar 60 minutos, no máximo, deixando os 30 minutos finais para uma atração musical. 
Os poemas serão de livre escolha dos autores.

Fonte: Blog PALAVRA DO FINGIDOR

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Dia do Capoeirista


Não sei por quer cargas d’água comemorasse no dia 03 de agosto o Dia do Capoeirista.
Fiquei sabendo que a data comemorativa foi criada em São Paulo no ano de 1985, mas não sei informar se estar relacionada a algum fato histórico ligado a capoeira.
Com o passar dos anos parece que a data tornou-se nacional. Embora não entenda nada do assunto ( e seja um tremendo “pé de chumbo”) confesso que sou um grande admirador da capoeira. Fica aqui a nossa homenagem a este dia...

Capoeira ou Dança de Guerra por Johann Moritz Rugenda, 1825, publicado em 1835

"O Brasil, a partir do século XVI, foi palco de uma das maiores violências contra um povo. Mais de dois milhões de negros foram trazidos da África, pelos colonizadores portugueses, para se tornarem escravos nas lavouras da cana-de-açúcar. Tribos inteiras foram subjugadas e obrigadas a cruzar o oceano como animais em grandes galeotas chamadas de navios negreiros. Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro foram os portos finais da maior parte desse tráfico. Ao contrário do que muitos pensam, os negros não aceitaram pacificamente o cativeiro; a história brasileira está cheia de episódios onde os escravos se rebelaram contra a humilhante situação em que se encontravam. Uma das formas dessa resistência foi o quilombo; comunidades organizadas pelos negros fugitivos, em locais de difícil acesso. Geralmente em pontos altos das matas. O maior desses quilombos estabeleceu-se em Pernambuco no século XVII, numa região conhecida como Palmares. Uma espécie de Estado africano foi formado. Distribuído em pequenas povoações chamadas mocambos e com uma hierarquia onde no ápice encontrava-se o rei Ganga-Zumbi, Palmares pode ter sido o berço das primeiras manifestações da Capoeira. Desenvolvida para ser uma defesa, a Capoeira foi sendo ensinada aos negros ainda cativos, por aqueles que eram capturados e voltavam aos engenhos. Para não levantar suspeitas, os movimentos da luta foram sendo adaptados às cantorias e músicas africanas para que parecessem uma dança. Assim, como no Candomblé, cercada de segredos, a Capoeira pode se desenvolver como forma de resistência. Foi do campo para a cidade que a Capoeira ganhou a malícia dos escravos de ‘ganho’ e dos frequentadores da zona portuária. Na cidade de Salvador, capoeiristas organizados em bandos provocavam arruaças nas festas populares e reforçavam o caráter marginal da luta. Durante décadas a Capoeira foi proibida no Brasil. A liberação da sua prática deu-se apenas na década de 30, quando uma variação da Capoeira (mais para o esporte do que manifestação cultural) foi apresentada ao então presidente, Getúlio Vargas. De lá para cá, a Capoeira Angola aperfeiçoou-se na Bahia mantendo fidelidade às tradições, graças principalmente ao seu grande guru, Mestre Pastinha , que jogou Capoeira até os 79 anos, formando gerações de angoleiros.

Raízes Africanas:



A história da capoeira começa no século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal. A mão de obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil, principalmente nos engenhos (fazendas produtoras de açúcar) do nordeste brasileiro. Muitos destes escravos vinham da região de Angola, também colônia portuguesa. Os angolanos, na África , faziam muitas danças ao som de músicas.


No Brasil:
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Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães do mato, que tinham uma maneira de captura muito violenta.

Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.

A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que serviam de dormitório para os escravos) e tinha como funções principais à manutenção da cultura, o alívio do estresse do trabalho e a manutenção da saúde física. Muitas vezes, as lutas ocorriam em campos com pequenos arbustos, chamados na época de capoeira ou capoeirão. Do nome deste lugar surgiu o nome desta luta.

Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender os capoeiristas que praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte que a transformou em esporte nacional brasileiro.

Três estilos de capoeira:

A capoeira possui três estilos que se diferenciam nos movimentos e no ritmo musical de acompanhamento. O estilo mais antigo, criado na época da escravidão, é a capoeira angola. As principais características deste estilo são: ritmo musical lento, golpes jogados mais baixos (próximos ao solo) e muita malícia. O estilo regional caracteriza-se pela mistura da malícia da capoeira angola com o jogo rápido de movimentos, ao som do berimbau. Os golpes são rápidos e secos, sendo que as acrobacias não são utilizadas. Já o terceiro tipo de capoeira é o contemporâneo, que une um pouco dos dois primeiros estilos. Este último estilo de capoeira é o mais praticado na atualidade.

É merecido que o Capoeirista tenha um dia para ser comemorado, uma data para ser lembrada, afinal, a capoeira é praticada em mais de 150 países nos 5 continentes. Somente no Brasil são mais de 5 milhões de capoeiristas! 


Fonte: http://clubeterra.atrativa.com.br/player/ana_sou123/blog/293480


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A Associação Batukada (www.batukada.org.brestará realizando no dia 11 de agosto o 1º Batizado de Capoeira da Praça 14 de Janeiro. Eu, como um bom coruja, tenho dois bons motivos para não perder este evento:

Luís Otávio "Tasinho" e Alice Beatriz "Fofinha"
O professor Dinho e o Luís Otávio "Tasinho"
À frente do grupo está o graduado Dinho, que vem prestando um grande serviço à comunidade, transmitindo a capoeira de uma forma didática/alegre/musical  e, com isso, despertando o interesse de seus pupilos.
Com certeza temos aí um grande Mestre.

O graduado Dinho e seus alunos