quarta-feira, 9 de novembro de 2011

LIVROS NA "VIRADA CULTURAL"

 Apesar de não está sendo divulgado juntamente com a programação oficial da Virada Cultural 2011, que ocorrerá nos dias 12 para 13 de novembro (sábado para domingo) em vários palcos espalhados pela cidade, também foi reservado um espaço para os livros. O Sebo O Alienista que participou da primeira edição do evento, agora juntamente com o Sebo Livros e Leitores, a Livraria Valer e a EDUA (editora da Universidade do Amazonas) estarão expondo parte de seus acervos em barracas localizadas na Praça D. Pedro II (Paço Municipal, onde era a sede da antiga prefeitura).
Confiram a programação no link abaixo:
http://viradacultural.manaus.am.gov.br/programacao/

A REVISTA SIRROSE Nº 8 ESTÁ NA RUA

Recebo dos editores Márcio Santana e Marcos Ney a revista (zine) SIRROSE que já está nas ruas, nos botecos, nos becos, nas bocas e etc, inclusive na banca do Sebo O Alienista e aqui no Blog. Nesta edição a Sirrose vem com maior número de páginas, uma diagramação mais arrojada, um polêmico texto do professor José Ribamar Mitoso e outras coisitas mais. A galera está preparando uma orgia para o lançamento, porque segundo os próprios esse negócio de noite de autógrafos é coisa de "baitola da academia amazonense de letras e afins". Comprem e confiram, o antídoto e o veneno...

PANELINHA POÉTICA IV

MÁRCIA (VIEIRA) CAMBEBA
Márcia Cambeba em frente ao Sebo O Alienista


SER CAMBEBA
Márcia Vieira e Celdo Braga 

Sou filha da selva, minha fala é Tupi.
Trago em meu peito
as dores e as alegrias do povo cambeba
e na alma, a força de reafirmar a nossa identidade
que há tempo ficou esquecida, diluída na nossa história.
Hoje revivo e resgato a chama ancestral da nossa memória.

Sou Cambeba e existo sim:
No toque de todos tambores,
na força de todos os arcos,
no sangue derramado que ainda colore a terra
que sempre foi nossa.

Nossa dança guerreira tem começo, mas não tem fim!



CABOCLO RIBEIRINHO

Ao som do banzeiro do rio
As canoas vem, as canos vão.
É o caboclo ribeirinho, que luta pelo seu sustento, pelo seu pão…
Ele rema, joga a sua malhadeira
Esperando pegar um bom pirarucu ou um grande pirabutão
Ao som da melodia dos passáros, que voam em sua  direção
Ele segue o seu caminho
Observando o horizonte, que está além do alcance de sua mão

Ao som do banzeiro do rio
As canoas vem, as canoas vão

Foi a partir de uma gota d’água
que o sopro da vida
gerou  o povo Omágua.
E na dança do tempo
pajés e sacacas
mantêm a palavra
dos espíritos da mata,
refúgio e morada
dos cabeças-chatas.

Que o nosso canto ecoe pelos ares
como um grito de clamor a Tupã,
em ritos sagrados,
em templos erguidos
em todas manhãs.